terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Inu
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Natal
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Rapaz Ostra
sábado, 17 de novembro de 2007
E Agora ...
domingo, 11 de novembro de 2007
Finalmente
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Recordações
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Perdida Por Ti
Levaste-me ao céu e fiquei voando por aí
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Tired
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
domingo, 7 de outubro de 2007
domingo, 30 de setembro de 2007
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Receita
terça-feira, 25 de setembro de 2007
É por isto ....
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
Mulan
“O Conde de Monte-Cristo” – Alexandre Dumas
Assim colocado, Dantès pôde ficar de olhos fixos para o lado de Marselha.
- A quantos do mês estamos hoje? – perguntou Dantès a Jacopo, que viera sentar-se junto dele, perdendo de vista o Castelo de If.
- A 28 de Fevereiro – respondeu o interrogado.
- De que ano? – perguntou ainda Dantès.
- Como, de que ano?! Pergunta de que ano?
- Pergunto – insistiu o rapaz. – Pergunto de que ano.
- Esqueceu-se do ano em que estamos?
- Que quer, apanhei tamanho susto esta noite que quase perdi a cabeça e fiquei com a memória toda baralhada! Por isso lhe pergunto em 28 de Fevereiro de que ano estamos.
- Do ano de 1829 – respondeu Jacopo.
Havia catorze anos dia a dia, que Dantès fora preso.
Entrara com dezanove anos no Castelo de If e saíra com trinta e três.
Passou-lhe pelos lábios um sorriso doloroso. Perguntou a si mesmo que teria sido feito de Mercédès durante aquele tempo, em que decerto a considerara morto.
Depois, brilhou-lhe nos olhos um relâmpago de ódio ao pensar nos três homens a quem devia tão longo e cruel cativeiro.
E renovou contra Danglars, Fernand e Villefort o juramento de implacável vingança que já pronunciara na prisão.
E esse juramento já não era uma ameaça vã, pois naquele momento o melhor veleiro do Mediterrâneo não conseguiria pela certa apanhar a pequena tartana que singrava a todo o pano para Lirone.
(…)
O barbeiro olhou com espanto aquele homem de longa cabeleira espessa e negra, que lembrava umas belas cabeças de Ticiano. Naquela época ainda não era moda usar-se a barba e o cabelo tão compridos; hoje um barbeiro apenas se admiraria se um homem dotado de tão notáveis atributos físicos consentisse em privar-se deles.
O barbeiro lionês deitou as mãos à obra sem fazer observações.
Quando a operação terminou, quando Edmond sentiu o queixo inteiramente barbeado e o cabelo reduzido ao comprimento normal, pediu um espelho e olhou-se.
Dantès entrara no Castelo de If com o rosto redondo, risonho e despreocupado de um jovem feliz, a quem os primeiros passos na vida forma facilitados e que espera do futuro o que naturalmente deduz do passado. Mas tudo isso mudara.
O seu rosto oval alongara-se, a sua boca risonha adquirira as linhas firmes e decididas que indicam a resolução, as suas sobrancelhas tinham-se arqueado sob uma ruga única, pensativa, os seus olhos estavam impregnados de profunda tristeza, do fundo da qual brotavam de vez em quando relâmpagos sombrios, misantropia e ódio, e a sua tez, durante tanto tempo afastada da luz do dia e dos raios do Sol, adquiria a cor mate característica, quando o rosto é emoldurado por cabelos negros, da beleza aristocrática dos homens do Norte. Além disso, a ciência profunda que adquirira espalhava-lhe por todo o rosto uma auréola de inteligente segurança. Mais, embora fosse naturalmente de estatura bastante alta, também adquirira o vigor de um corpo que concentra constantemente as suas forças em si mesmo.
À elegância das formas nervosas e franzinas sucedera a solidez das formas arredondadas e musculosas. Quanto à voz, as preces, os soluços e as imprecações tinham-na modificado, dando-lhe ora um timbre de uma doçura estranha, ora uma acentuação rude e quase rouca.
Por outro lado, por viver constantemente na meia-luz e na escuridão, os seus olhos tinham adquirido a singular faculdade de distinguir os objectos durante a noite, como os da hiena e os do lobo.
Edmond sorriu ao ver-se: era impossível que o seu melhor amigo, se ainda lhe restasse um amigo, o reconhecesse. Nem ele se reconhecia a si próprio.
(…)
Dantès ficara quase feliz com a escaramuça e quase contente com a ferida. Ambas lhe tinham ensinado, essas severas professoras, com que olhos devia encarar o perigo e com que ânimo suportar o sofrimento. Enfrentara o perigo rindo e ao ser ferido dissera como o filósofo grego: “Dor, não és um mal.”.
Além disso, examinara o guarda ferido de morte e, quer pelo calor do sangue na acção, quer por arrefecimento dos sentimentos humanos, a vista do corpo causara-lhe apenas um ligeira impressão. Dantès encontrava-se no caminho que queria percorrer e dirigia-se para o objectivo que pretendia atingir: o coração estava em vias de se lhe petrificar no peito.
Parei de ler quando chegaram os exames!! DEpois eu nas férias não consigo ler..... vou ver se recomeço!!!